
Duas Luas em Paraty
22 de outubro de 2013Numa pequena praia
encontrei a dimensão da minha vida.
Foi um lampejo, um vislumbre
que ainda trago comigo.
A solidão me fazia companhia
quando já acabara o dia
e quase toda a cidade já dormia.
Podia ver duas Luas,
uma no céu,
outra no mar,
não poderia deixar de me encantar.
A luz que me iluminava
era da Lua do céu
que também era conhecida
por trazer a escuridão.
Mas a Lua que estava perto
era apenas a cópia,
um reflexo da beleza
que naquele momento
poderia ser admirada
por qualquer um da praia.
Então, me entristeci.
Dentro de mim mesmo
procurei um motivo para sorrir,
sem achar.
Não havia luz real alcançável.
Lua só se reflete e é refletida,
assim como a minha vida
e aquela, que eu quase posso tocar,
se desmancha com um simples toque.
Resta sonhar.
Raphael Granucci Pequeno
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